Olá, como estão?
Hoje é dia 25 de Abril, Dia
da Liberdade.
Pelo menos, cá neste nosso
cantinho, à beira-mar plantado.
Foi há 41 anos, em 1974.
E antes que me façam aquela
icónica pergunta, “Onde estavas no 25 de Abril?”, eu desde já digo que não me lembro
(que diacho!, eu só tinha 4 anos…), mas, ao que consta, nesse dia eu fiz uma
birra daquelas…
Eu explico: segundo a minha
mãe, à tarde costumava dar uns desenhos animados que eu adorava.
Ora, nesse dia, no dia 25 de
Abril de 1974, não houve emissão e, como tal, não houve desenhos animados.
E diz a minha mãe que foi cá
um trinta-e-um… Fiz um autêntico berreiro!
Por causa dos desenhos
animados. Ou, mais correctamente, pela ausência deles.
Tentem lá explicar a uma
criança de 4 anos que está a decorrer uma revolução e que por isso não pode ver
os seus muito queridos desenhos animados.
A minha mãe bem tentou, mas
falhou. Redondamente.
Um dia destes postei no meu
Facebook uma fotografia duma boneca que tive, a “Tucha Alpinista”.
Mas apesar dessa boneca, desengane-se
quem pensa que eu brincava muito com bonecas.
Porque eu não brincava.
E não era à falta de as ter,
porque eu até tinha bastantes.
Só que eu nunca fui uma
criança muito, vamos lá… feminina.
Na verdade ainda me lembro
dos primeiros brinquedos que eu tive a liberdade de escolher.
Duas bolas de plástico, uma
às riscas azuis e brancas, outra às riscas encarnadas e brancas e um carrinho
de corridas, a imitar os Bugattis antigos, encarnado por baixo e verde por
cima.
Também me lembro de certa
vez, devia ter à volta de 4, 5 anos e estava a passar férias na Nazaré. Numa
quermesse saiu-me um prémio: podia escolher entre uma viola de brinquedo e uma boneca
dama antiga.
Olhei para a minha mãe sem
saber muito bem o que fazer. Mas ela só disse: “Escolhe o que quiseres”.
Escolhi a viola.
Ontem, ao ver um programa,
no canal TLC (canal por cabo), um programa sobre as promoções e como devemos
estar atentos, lembrou-me um episódio, que já deve perto de 25 anos, mais
coisa, menos coisa.
Aconteceu em Santarém, numa
sapataria que não vou nomear – mas que posso dizer que já não existe.
Na altura frequentava um
curso de informática e todas as manhãs passava por aquela sapataria, para “namorar”
uns sapatos.
O “namoro” era já tão longo
e intenso, que já sabia de cor e salteado o preço dos sapatos: 3.000$00.
Como estávamos a chegar à
época de saldos, decidi esperar para ver o preço dos sapatos em saldo.
Quando chegou a altura, a
curiosidade, confesso, era imensa.
Mas a surpresa foi ainda
maior.
Eu explico: na montra,
realmente estavam lá os tais sapatos. Mas juntos a eles estava um pedaço de
cartolina com dois preços: o que seria o preço antigo com uma cruz por cima e,
em algarismos maiores, o preço em saldo.
Até aqui, tudo bem.
Mas como preço antigo
indicavam 4.000$00 (ou 4.500$00, já não me lembro bem…) e como preço em saldo
indicavam 2.999$00 (deste, eu já me lembro bem).
Ou seja, um saldo de 1$00.
Claro está que tirei logo o
sentido dos sapatos…
E agora, só um desabafo:
Porque é que uma empresa
(que eu também não vou nomear) ligada às telecomunicações insiste em
praticamente assediar os clientes, com chamadas telefónicas a partir de números
privados?
È ridículo. E absurdo.
Eu ontem já estava tão
farta, que só atendi para dizer que achava a situação patética (como é que uma
empresa de telecomunicações tem a audácia de usar números privados?), que
recusava-me a atender chamadas de números privados e que ia desligar.
E desliguei.
Fui brusca? Fui, eu sei que
fui.
Até porque a pessoa que
estava do lado de lá da linha não tinha culpa.
Mas bolas, sou humana.
E a minha paciência tem
limites.
E é nesta nota que me
despeço.
Até uma próxima
oportunidade.