Olá, como estão?
Ontem, ao fazer uma
transferência (para quem, como eu, está numa cadeira de rodas, transferência é
quando estamos sentados num sítio e queremos mudar de sítio. Ex: da cama para a
cadeira de rodas), estava com mais dificuldades porque estava continuamente a
entortar um pé. A minha mãe, que me estava a ajudar, disse-me para endireitar o
pé, ao que eu respondi que era o que eu queria. A minha mãe só diz: “Então,
faz.”
Foi inevitável.
Lembrei-me logo dum
professor que tive no 10.º ano e que gostava muito daquela celebérrima frase, “Querer
é poder”.
Pois bem, a isso eu digo:
não, não é bem assim. Nem sempre…
Quer dizer, eu até consigo
perceber a lógica por detrás da frase. Pelo menos, a nível psicológico. Porque
a nível físico, a história é diferente, muito diferente. Completamente
diferente.
Eu que o diga.
Quantas e quantas vezes eu
quero fazer uma coisa e, muito pura e simplesmente, não me é possível por não
conseguir.
E estou a falar de coisas
simples, tão simples, que nem pensamos nelas no dia-a-dia – damo-las como
adquiridas e só lhes damos valor quando as perdemos ou nos vemos na iminência
de as perder.
Tão simples como endireitar
um pé, Ou mexê-lo, dar um passo.
Eu penso “Mexe-te”. Mas o
corpo não obedece.
Eu bem quero. Mas não posso.
Ah, já me esquecia…
Em relação à Taça de
Portugal, quem venceu foi o Braga: 4 – 2 no desempate por marca de grandes penalidades, após o empate verificado no final do tempo regulamentar de jogo e
prolongamento (2 – 2).
Por hoje é tudo.
Até uma próxima
oportunidade.
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