Olá, como estão?
Deixem-me explicar que esta
minha ausência até foi propositada.
Não só tenho andado com um
problema de saúde, como quis esperar que alguma da poeira, levantada com a eleição
de Trump, assentasse.
Não é segredo que eu não
morro de amores pela figura de Donald Trump. Muito antes pelo contrário. A
figura não se limita a ser execrável. É mais do que isso: é mesmo inenarrável.
Mas pronto, o homenzinho foi
eleito.
E agora, ao que parece, há
estados que querem uma recontagem dos votos. Mas afinal, os americanos não o
elegeram?... Parece aquela história: depois de casa roubada, trancas à porta.
Está bem, a Hillary Clinton
teve mais cerca de dois milhões de votos. Mas mesmo assim perdeu as eleições.
Tudo por causa do Colégio
Eleitoral.
Desculpem lá a sinceridade,
mas esse sistema é uma anedota.
Democracia?!... Devem estar
a gozar comigo…
Se há estados que elegem mais
de 30 delegados, enquanto que outros elegem só 3… Onde está a democracia, num
sistema que rebaixa as pessoas que vivem num estado que elege menos delegados,
enquanto que eleva as pessoas que vivem num estado que elege mais delegados?
Se realmente querem uma
democracia, implantem o sufrágio directo universal. Isso sim, é democracia: uma
pessoa, um voto. Mais nada.
Mas não, o Trumposo diz que
assim é que está bem, que este sistema é ‘genial’.
Pudera, foi o que lhe deu a
vitória.
Agora, vamos ver o que vai
acontecer…
Que ele se vai lixar para o
ambiente e aquecimento global, já eu estava à espera…
Que ele ladre com a ameaça
do fim de reaproximação a Cuba, já eu tenho dúvidas em acreditar que passe
disso mesmo: uma ameaça. Afinal, estamos a falar de negócios que envolvem muito
dinheiro. E Donald Trump é, antes de mais nada, um empresário.
No que eu estou à espera que
vá haver um grande retrocesso, é na investigação científica. Conservador como
ele é…
Mas, agora, só podemos
esperar.
Por agora é tudo.
Até uma próxima
oportunidade.
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