domingo, 25 de setembro de 2016

Dia Internacional das Ataxias (25/09/2016)



Olá, como estão?


Hoje, dia 25 de Setembro, assinala-se, um pouco por todo o mundo, o DIA INTERNACIONAL DAS ATAXIAS.

Como atáxica que sou, esta questão fala-me mais ao coração.

Deixo-vos apenas com uma série de cartazes, alusivos à ataxia.


Até uma próxima oportunidade.









quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Investigações, soluções e situações (22/09/2016)

Olá, como estão?


Há quanto tempo…
Sabem como é… A preguicite… É terrível.


Hoje é o 1.º dia do Outono – a minha estação do ano preferida.


É já no próximo Domingo, 25 de Setembro, que se assinala o Dia Internacional das Ataxias.
E infelizmente, por motivos estritamente pessoais, não me vai ser possível marcar presença no Encontro Ibérico de Ataxias Hereditárias, a ter lugar em Coimbra, nos próximos dias 24 e 25 de Setembro de 2016.




No entanto, deixo aqui o convite a todos para estarem presentes, acompanhado de um desafio: venham conhecer e abraçar esta causa.
Para tal, apenas se solicita a  inscrição em http://encontroibericoataxias.pt/.





E li esta frase, num grupo do Facebook dedicado às ataxias: “Quero saber se tem soluções, não pesquisas”.
Estas frases tiram-me do sério. Mas mesmo.
Eu compreendo a frustração, muitas vezes desespero, das pessoas: verem a sua situação degradar-se de dia para dia e continuarem à espera, ad aeternum, de uma cura ou tratamento.
Sei bem como isso é, pois também eu sou atáxica (no meu caso pessoal, tenho ataxia de Friedreich).
Mas bolas, as pessoas têm que perceber, de uma vez por todas, que sem investigações, não há (mesmo!) soluções.
Mas atenção, uma investigação não significa, necessariamente, uma solução.
Infelizmente, não é assim que as coisas funcionam.
Na minha perspectiva (e atenção, esta é só a minha perspectiva), as coisas funcionam um pouco por tentativa e erro.
E mesmo quando uma investigação apresenta resultados promissores, também aí a situação não se traduz, imediatamente, em solução.
Afinal, estamos a falar de doenças raras. Doenças órfãs.
Como tal, de medicamentos órfãos. Vocês sabem, aqueles medicamentos que se destinam a uma franja reduzida do grande público e que, como resultado, não representam grande margem de lucro.
Ou seja, logo aí isso representa um grande e grave entrave ao desenvolvimento.
Num mundo onde, cada vez mais, o dinheiro fala mais alto (“Money makes the world go round” (o dinheiro faz o mundo girar), já cantava Liza Minnelli no filme “Cabaret”, de 1972), para qualquer empresa farmacêutica manifestar interesse no desenvolvimento do medicamento, o mesmo tem que ser considerado medicamento órfão pelas entidades competentes, a fim de terem direito a esses apoios.
Ou seja, bem vistas as coisas, as empresas farmacêuticas têm que ser PAGAS para desenvolver o medicamento.
E mesmo depois desse desenvolvimento (que pode levar anos), também aí não há uma solução imediata.
Porque primeiro temos os ensaios clínicos, necessários para testarem a segurança, eficácia e tolerabilidade do medicamento.
O que representa mais anos.
Para mim, na melhor das hipóteses e contando que corra sempre tudo bem, sem revezes, entre o desenvolvimento e o termos acesso ao medicamento, há uma distância de 10 anos.
Que pode ser menos. Mas que também pode ser mais.
Mas atenção, quero aqui frisar que eu realmente acredito que, mais tarde ou mais cedo¸ vão descobrir uma cura para a ataxia.
Infelizmente, também acredito que vai ser mais tarde.


Já começaram as aulas.
Por causa da polémica dos contractos de associação, li uma crónica sobe o 1.º dia de aulas de um aluno que teve que transitar para o ensino público (http://porfalarnoutracoisa.sapo.pt/2016/09/fui-transferido-do-colegio-para-escola.html?m=1). Hilariante!!!


Bom, por hoje é tudo.
Até uma próxima oportunidade.